quem bebe

O vandalismo começa quando a autodefesa termina.
O "Gigante acordou", acredite, mas muita coisa que não precisava acordou junto.
Que fofo o meu cachorro! Veio me trazer de presente um gambá do tamanho de um gato adulto, vivo e se debatendo, na boca.

Que situação... Chamei a atenção dele: Pancho, não pode!, e ele soltou o cheiroso. Em demonstração de pura consciência do que fez, esfregou a patinha na cabeça do bichinho. O gambá, encolhido entre eu e o cachorro, olhava para mim com a maior cara de agradecimento do mundo!
E gritei com o Pancho: muito feio! Jaja pra casinha!, me voltei pro gambá e disse: E você, Pepe, trata de sair daqui antes que comece a flatular!

E lá foi ele, sem jeito, machucado, rebolando desajeitado e olhando para traz como que querendo agradecer, mais uma vez.

Nunca havia prestado atenção nos olhares de um gambá.
Quando eu ainda era uma criança, com a música Pulso, dos Titãs, aprendi que estupidez é uma doença. E por causa disso, hoje eu sei que o Sr. Marcos Feliciano deveria procurar a cura para a sua estupidez e nós, brasileiros, deveríamos orientá-lo melhor. Talvez a ler mais, enxergar mais, ouvir mais... Usar mais os sentidos para que sua vida possa ter mais sentidos.

Se ele ler mais, perceberá que só na literatura existe como transformarmos asnos em seres humanos. Quem sabe isso não lhe dá uma luz?
...presenciando cenas nelsonrodriguianas.
Vejo, da janela de minha sala de trabalho, uma infeliz criatura se descabelando, aos berros pelo celular, ameaçando de morte a amante do marido.
Por fim, olhou para a Igreja, em frente, fez o sinal da cruz, guardou o celular e continuou seu caminho.
passarim só avoa porque o chão vai ficando cada vez mais distante
passarinho cisca
pra não pesar na viagem
quando criança
não se podia andar descalço
e agora, adulto
deve-se colocar os pés no chão
Por causa de sua síndrome do pânico, pela primeira vez ele apareceu em público para palestrar sobre claustrofobia, fantasiado de caixão.
"chique é ser inteligente", porque ser fútil virou moda.
Logo ali, de encontro na mesa 7:
_Ooooiiii, você aqui!!!? Você sumiu! Há tempos não conversamos mais, né!?
_Claro! Eu parei de procurar...
Pedra D'água
(tóxico ambiental)
Tentei buscar a paz nos pacifistas
E me lembrei que os pacifistas
Morreram assassinados.

O NASCIMENTO DA INTERNET

Certa vez, há alguns bons anos, eu ainda um adolescente, também era o ilustrador e cartunista de um jornal (...que era petista, não vem mais ao caso) na cidade de Betim/MG. E lá eu vivia e trabalhava, morando vez ou outra em hotel, vez ou outra dormindo na própria redação do jornal... E assim se estendeu por quase cinco anos da minha juventude quando, um belo dia, nosso editor entrou na redação e disse em alto e bom som: todos para a sala de reunião! E assim fomos, todos se entreolhando por causa do tom de voz, forte e preocupante, de nosso chefe.
Eram oito horas da manhã exatos, todos a seus postos, e ele joga naquela enorme mesa de vidro um exemplar da Folha, uma Estadão, um Estado de Minas, um Hoje em Dia, Jornal do Brasil e um The New York Times e diz: vejam as manchetes!
Todos pegamos o que podíamos, recostamos um nos ombros dos outros para ler em conjunto, e vimos por todos os lados a palavra "Internet".
Nosso editor se levantou, taquicárdico, retirou o paletó do terno, esfregou os olhos, enxugou o suor da testa e quando todos se calaram e pararam de fazer perguntas e suposições, ele disse: Criaram essa tal de internet. Nós vamos ter acesso à todas as informações. Vocês sabem o que isso significa!? Chegou a hora de mudar o mundo!
Hoje, passados quase 20 anos, talvez, podemos ver o quanto a união dos povos através da tecnologia desenvolvida para aproximar o ser humano da informação e da comunicação é, sem dúvida alguma, a maior arma de todos os tempos.
"Agora vamos falar da copa..."

(Dilminha, conferindo o brilho da cera no chão da cozinha e da sala)
Se te acertarem com balas de borracha, revide com balas xiitas.
pra acertar a privada
vê se não capricha
ou você acerta

ou você não mija
o cagão nem sempre é
aquele que só se faz defecar
porque a sorte quando é súbita
até as calças faz borrar

Poeta de araque essa Patrícia!
"Um país rico é um país que emprega médicos estrangeiros!"

(Dilminha, a Pedra Filosofal)