CAFETERIA DO LAZ
onde as línguas têm papos e os papos muitas línguas
quem bebe
Que fofo o meu cachorro! Veio me trazer de presente um
gambá do tamanho de um gato adulto, vivo e se debatendo, na boca.
Que situação... Chamei a atenção dele: Pancho, não pode!, e ele soltou o cheiroso. Em demonstração de pura consciência do que fez, esfregou a patinha na cabeça do bichinho. O gambá, encolhido entre eu e o cachorro, olhava para mim com a maior cara de agradecimento do mundo!
Que situação... Chamei a atenção dele: Pancho, não pode!, e ele soltou o cheiroso. Em demonstração de pura consciência do que fez, esfregou a patinha na cabeça do bichinho. O gambá, encolhido entre eu e o cachorro, olhava para mim com a maior cara de agradecimento do mundo!
E gritei com o Pancho: muito feio! Jaja pra casinha!, me voltei pro
gambá e disse: E você, Pepe, trata de sair daqui antes que comece a flatular!
E lá foi ele, sem jeito, machucado, rebolando desajeitado e olhando para traz como que querendo agradecer, mais uma vez.
Nunca havia prestado atenção nos olhares de um gambá.
Quando eu
ainda era uma criança, com a música Pulso, dos Titãs, aprendi que estupidez
é uma doença. E por causa disso, hoje eu sei que o Sr. Marcos Feliciano deveria
procurar a cura para a sua estupidez e nós, brasileiros, deveríamos orientá-lo
melhor. Talvez a ler mais, enxergar mais, ouvir mais... Usar mais os sentidos
para que sua vida possa ter mais sentidos.
Se ele ler mais, perceberá que só na literatura existe como transformarmos asnos
em seres humanos. Quem sabe isso não lhe dá uma luz?
O NASCIMENTO DA INTERNET
Certa vez, há alguns bons anos, eu ainda um adolescente, também era o ilustrador e cartunista de um jornal (...que era petista, não vem mais ao caso) na cidade de Betim/MG. E lá eu vivia e trabalhava, morando vez ou outra em hotel, vez ou outra dormindo na própria redação do jornal... E assim se estendeu por quase cinco anos da minha juventude quando, um belo dia, nosso editor entrou na redação e disse em alto e bom som: todos para a sala de reunião! E assim fomos, todos se entreolhando por causa do tom de voz, forte e preocupante, de nosso chefe.
Eram oito horas da manhã exatos, todos a seus postos, e ele joga naquela enorme mesa de vidro um exemplar da Folha, uma Estadão, um Estado de Minas, um Hoje em Dia, Jornal do Brasil e um The New York Times e diz: vejam as manchetes!
Todos pegamos o que podíamos, recostamos um nos ombros dos outros para ler em conjunto, e vimos por todos os lados a palavra "Internet".
Nosso editor se levantou, taquicárdico, retirou o paletó do terno, esfregou os olhos, enxugou o suor da testa e quando todos se calaram e pararam de fazer perguntas e suposições, ele disse: Criaram essa tal de internet. Nós vamos ter acesso à todas as informações. Vocês sabem o que isso significa!? Chegou a hora de mudar o mundo!
Hoje, passados quase 20 anos, talvez, podemos ver o quanto a união dos povos através da tecnologia desenvolvida para aproximar o ser humano da informação e da comunicação é, sem dúvida alguma, a maior arma de todos os tempos.
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